Quase sempre bêbados, mas nunca sem razão!

terça-feira, março 21, 2006

Bar - UTI dos Angustiados

A angústia é um vírus incubado em todo ser humano. Ainda que no último dia de vida, o ser humano não saberá o que fazer com a liberdade.
"A angústia é o modo de ser da liberdade enquanto consciência de ser", como diria Sartre.
Há os sortudos que passam boa parte de sua medíocre existência ignorando a liberdade e seguem a vida ora sendo vítimas do sistema, ora vítimas da tolice alheia. Nunca serão vítimas de si próprios.
Aos outros que descobrem a liberdade e, por consequência, a angústia, não resta saída. Serão eternamente insatisfeitos. Como remédio paliativo, há os que se contentam com as 14 ou 17 polegadas do monitor de seus computadores. Ali flertam, fazem amizades, sexo etc.
Há os que se entregam ao trabalho com a volúpia de um adolescente numa primeira transa. Antes disso podem se entregar aos estudos.
Há os adeptos do happy hour, que, ao saírem do trabalho, vão num barzinho tomar um chopp, beliscam alguma coisa e fazem comentários do tipo "tanta carne e eu comendo ovo frito em casa" ao verem alguma beldade alheia.
Há os que silenciam. Ficam em casa lendo, meditando, tocando algum instrumento musical etc.
Há os desvairados; os que riem de tudo, beijam todo mundo, abraçam, gritam e não andam, saltam.
etc, etc, etc...
Mas uma coisa é certa: quando o vírus toma conta do indivíduo, o bar é a UTI - Unidade de Tratamento Intensivo. Não há remédio.
Por isso o bar é reduto dos 'in', prefixo de origem latina que quer dizer 'privação, negação': insatisfeitos, inconformados, inertes, imcompletos, infelizes, incomodados, inúteis, inermes, inabaláveis, etc...

sábado, fevereiro 18, 2006

continuando...

Pedir um whisky numa mesa de bar remete a muitas coisas. Inicialmente, lógico, àquele orgulho típico de bom bebedor, que ainda cheira o whisky pra ver se é um verdadeiro Johnnie Walker. Depois de várias cervejas, se mijarem dentro daquele copo, é capaz de não perceberem! Mas é preciso esses gestos... É orgulho, não é arrogância. Schopenhauer, se não me engano, dizia que orgulho é quando você é algo já definido e claro, não há dúvidas. Arrogância não... arrogância é como se quisessem provar algo para todos. Eles não. Se esforçaram para ser assim... bêbados. Sentem orgulho dos porres homéricos.
O outro lado do whisky é a poesia daquelas pedrinhas de gelo batendo no vidro, tão exaltada por Vinicius, o poetinha. Whisky é poesia por causa do Vinicius, do Cazuza e muitos outros grandes poetas. As bolinhas da cerveja são mais bonitas, porém aquelas pedras de gelo...
Eis que, antes do whisky, chega Cândido, amigo também, e, embora menos alcoólatra, pega um dos copos de cerveja e bebe de um só gole, tentando testar seus limites como o fazem aqueles cachorros pequenos que transam com nossos calcanhares. Já repararam nisso? Se um Fila fosse fazer o mesmo, estaríamos literalmente fodidos! Uma pessoa que realmente bebe jamais pegaria o copo de outro pra beber (a não ser que já estivesse bêbado). No máximo pegaria a garrafa e beberia o resto no gargalo. É o mesmo princípio, pode reparar. Ele está testando seus limites, pois se sabe menor no bar. Então a gente faz cara de nojo (da mesma forma como balançamos a perna para o cachorrinho parar) e pedimos mais um copo (como quem abaixa e diz: olha que bonitinho seu cachorrinho, hehehe). Era coisa típica do Cândido. Ele senta todo esparramado e diz:
- Bicho, você não sabe...

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

...

Voltou do banheiro pensando se as mulheres têm o mesmo prazer que os homens ao mijarem após várias cervejas. No caminho para a mesa, esbarrou numa morena linda, daquelas que andam de calça apertadíssima e quando sentam deixam à mostra o que chamam de 'cofrinho'. Para ir da idéia sobre o prazer de urinar ao prazer do sexo não foi preciso chegar à mesa. Pensava: "faz até sentido apelidar de cofrinho, já que se o que realmente interessa estivesse à vista, eu seria o primeiro a pegar e levar pra casa. Mas precisava guardar tanto e por tanto tempo?". Riu da própria piada - uma menina lá do outro lado viu e pensou: "tá bêbado" - e foi sentar-se à mesa de sempre, no bar de sempre, ao lado do companheiro de bar de sempre onde sempre falavam sobre variadas mulheres.
- Ah, meu caro! - deu um longo gole na cerveja e continuou - Se eu tivesse dinheiro faria uma casa com um jardim enorme, cheio de girassóis, e arranjaria uma menina daquela pra ficar andando por ele pelada.
- E você ia ficar só olhando?
- Bom, pelo menos de vez em quando... não é possível comê-la 24h por dia, temos que confessar. Aliás, era sobre isso que vinha pensando quando voltava do banheiro: se as mulheres têm o mesmo prazer que nós ao fazer sexo, por que regulam tanto? Se eu fosse mulher, jamais voltaria pra casa sozinha.
- Ah, sei lá... tem essa coisa de segurança para os filhos, a questão do 'instinto materno'.
- Tá, então me explica o que leva uma mulher casada que tem filhos trair o marido. Você sabe que isso acontece.
- Tem umas que gostam mesmo. Mas há exceções. Minha mãe, por exemplo!
- Mas todo homem é louco por sexo, sem exceções. Não há homem que não coma a secretária se ela der bola e for gostosa. Até meu pai.
Na rua, um idiota dirige um carrão com som altíssimo e música ridícula. Algumas mulheres olham. A conversa foi subitamente esquecida como várias conversas anteriores e próximas. Papo de bar parece ser dissolvido no copo de cerveja. Não há um assunto que tenha conclusão. Perguntas simples como "que horas são" podem gerar um assunto que em nenhum outro lugar teria ligação com a pergunta. No bar faz todo sentido.
- Mais uma?
- Lógico. Aliás, um whisky não ia mal...

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Teatro noturno

Para Felipe, e as feéricas Fernanda e Erika

Gritos num escuro agudo.
De repente, uma luz acende sobre um indivíduo de chapéu-coco correndo com uma garrafa de vinho na mão. Ele pára, olha pra trás, esfrega a boca pelo braço até as costas da mão e começa a falar, braços abertos e voz emocionada:
“Mas o que é a vida? É esse bando de gente inventando verdades enquanto eu, ébrio, só brio, febril, digo o que acreditam ser mentiras?
“É aquela sensação de ser traído, abandonado, vilipendiado, enquanto minha geração se vende por desprazeres baratos, esquecendo que somos poesia, arte?
“É odiar o dia por ele ser assim, cheio de regras, fedendo a escravidão?”
Cambaleia um pouco, toma um gole longo, seguido de um estralar da língua contra o céu da boca:
“Noite, note-me! Olhe-me, veja, sinta, ouça! Sou seu filho! Onde estão meus irmãos?”
Silêncio.
Percebe que o vinho acabou e quebra a garrafa num golpe violento. Alguns cacos entram em suas pernas.
Ao longe, outro foco de luz acende sobre uma figura saltitante, cantando “we accept you one of us, one of us, one of us”. Atrás, outra figura corre, cai, se levanta e continua correndo, gritando “tem ceiveja aqui, ó!”
Mais atrás um carro buzina, enquanto dentro alguém grita: “voltem pro carro!”.

Gargalhadas de todos.

terça-feira, dezembro 13, 2005

os olhos delas...

Há uma verdade decifrável à distância no olhar de cada mulher:
- Eu não preciso de você.
Em oposição, há aquele olhar que só nós os homens (pelo menos a grande maioria), e os cachorros conseguem fazer, que diz exatamente o contrário.

Mesmo quando uma mulher tá facinha, ela não olha pra você como quem pede algo, como nós e os cachorros. O olhar diz algo assim: “Olha como eu sou linda”. Quando não, elas olham no olho insinuando sexo, beeeeeem ao contrário de nós e os cachorros. Somos safados, não resistimos a um decote, uma mini-saia, uma bela bunda. Mas tentamos disfarçar ao olhar (bom, pelo menos tentamos). Eu mesmo sou capaz de ficar uns 15 minutos mergulhado num decote, esquecendo totalmente que logo acima existe um par de olhos que provavelmente estão te olhando com ódio mortal. Mas quando me dou conta, disfarço e olho pra cima com aquele olhar... “eu ouviria as piores notícias desses seus lindos lábios”, quando na verdade... já sabe.
Sim, nosso olhar mente um pouquinho. Amamos com os olhos assim como as mulheres amam com os ouvidos, diria Oscar Wilde.
Mas não há verdade alguma nos olhos de uma mulher. Então entra aquela música do Caetano "você diz a verdade, a verdade é seu dom de iludir. Como pode querer que a mulher vá viver sem mentir?"

domingo, outubro 30, 2005

Princesas de Botecos

Num bar, sempre que chega alguma dessas princesinhas de cabelo comprido, decote e calça apertada, eu me apaixono instantaneamente.
Ela senta, dá uma arrumada no cabelo, puxa a calça para o cofrinho não aparecer e bebe cerveja com o dedinho levantado. Quando há o que comer na mesa, fica alguns segundos escolhendo com o palito o que pegar. Depois de um tempo olha pro nada e você logo imagina que ela está pensando na 'vagabunda' que está com o ex-namorado dela ou com o atual. Então ela saca o celular:
- Vamos tirar uma foto? - diz.
As pessoas do outro lado da mesa se arrumam. Ela levanta e eu fico observando a perfeição daquele corpo; vou logo tirando a roupa dela com os olhos... Ah... Desvio o olho para o fundo do meu copo e bebo a cerveja que resta de um gole só. Enquanto bebo, continuo olhando pelo espaço que o copo não ocupou. Peço mais uma, bem alto, pra ver se ela olha pra mim.
- Garçom, uma BOHEMIA, por favor - assim mesmo, acentuando a palavra BOHEMIA pra ela entender que você acha que a vida é curta demais pra beber cerveja barata.
Mas ela não vê. Senta, fica vendo as fotos... Então eu inicio a fase "olhar-de-maior-abandonado". Esqueço da cerveja e dos amigos e não desvio os olhos dela, até que, sem graça, ela percebe. E daqueles olhos tão lindos vem um olhar fulminante.
E agora, o que fazer?
Bebo mais uma cerveja, e percebo que as coisas ficaram um pouco mais coloridas.
Quando se trata de mulheres bonitas, os homens têm que escolher entre duas coisas: ou ele se torna inconveniente ou viado. Muitos acabam se frustrando com a quantidade de 'nãos' que tomam, ou com o desprezo vindo daqueles olhos tão lindos, e florescem. Outros não ligam e adotam o papel de inconveniente mesmo. Eu sou inconveniente.
Continuo olhando, apaixonado. Dou logo o nome para os nossos filhos: se for menina será "Sofia", se for homem... sei lá, algo bem comum tipo "Nietzsche". Será que ela topa?
Penso logo em nós dois andando de mãos dadas por um museu qualquer, diante de um pastoso Van Gogh ou um fascinante Dalí. O que será que ela faz? Estuda? Trabalha? Sabe quem é Jean-Paul Sartre?
(No fundo, estou pensando somente nela pelada, desfilando pra lá e pra cá. Mas meu inconsciente disfarça, pois se eu chegar perto dela pensando demais em sexo, vou logo caindo de boca naquele decote).
Me levanto. Arrasto a cadeira fazendo barulho e vou ao banheiro.
No banheiro - igreja de todos os bêbados - faço uma pequena oração pela nossa felicidade juntos. Dou uma olhada para o meu pênis e digo, mentalmente: "Tá vendo em que furada você estava se metendo? Isso é que é mulher, não aquela chata da ex. Essa bebe, não acha os barzinhos que você freqüenta sujos". Saio do banheiro e lavo a mão com cuidado, por que elas detestam homens que não lavam a mão quando saem do banheiro.
No pequeno trecho entre o banheiro e a mesa eu vou olhando para ela. Tropeço.
- Foi mau - digo para um babaca que se senta todo esparramado.
Quando vou chegando perto, vejo um indivíduo ao lado dela. Anh? Ele tá abraçando ela?
Como se não bastasse o filho-da-puta estar abraçando a mulher da minha vida, ainda dá uns beijinhos e no pescoço. Fico injuriado. Como pode essa princesa estar com um cara que usa gel, sai de casa com a camisa do sobrinho mais novo dele, e fica falando do "coríntia", assim mesmo, sem o 's' no final.

Definitivamente esse mundo está perdido. Aqui entra uma outra alternativa entre o ser viado ou inconveniente: ficar bêbado. Levanto o dedo indicador olhando para o garçom, e não dou uma palavra. O garçom aponta para a geladeira de cerveja. Eu, com a mão, faço que não e peço pra ele vir até a mesa. Ele chega, caneta e papel na mão.
- Um Red, por favor – digo, sobrancelhas juntas como de um personagem mal da novela das 8.
Depois de umas duas doses eu fico mais inconveniente que antes, e acabo dando cantada nalguma feinha também meio bêbada. Mas nunca me lembro, então foda-se.

sexta-feira, outubro 21, 2005

memorias de mis putas tristes...

Num bar com uns clientes e meu gerente, um dos clientes disse, citando outro alguém que não me lembro o nome:
"quando a gente transa com uma prostituta não pagamos o sexo. O sexo é de graça. O dinheiro que a gente dá é pra ela ir embora quietinha, não reclamar, não ligar no dia seguinte. Só isso".
Que absurdo. A profissão mais antiga do mundo ainda motivo de chacota nos bares. Coisa feia.
Eu sou contra. Quer dizer, sou a favor... xiiii... contra ou a favor de que? Ah... foda-se.

- Foda-se?! - interveio o diabinho dentro da minha cabeça - Ah não... esse negócio de masturbação é tão feio - disse ele, sobrancelha esquerda arqueada.
- Mas não disse nesse intuito... disse 'foda-se' como força de expressão, somente.
- Mas você estava pensando nisso, não era? - disse ele, olhar inocente.
- Mais ou menos.
- Como assim, 'mais ou menos'?
- Disse 'foda-se' para não ter que concluir o que penso sobre isso.
- Você são complicados...
- Mas e você, Lú, é a favor ou contra?
- A favor ou contra o quê?
- A prostituição!
- Ora... depende.
- Como assim, depende?
- Sou a favor da prostituição alheia, não da minha, hehehehe
- Imagino que não haja prostitutas nos arredores de seu castelo. Em compensação, o que deve ter de freira...
- Isso é verdade.
- Mas e aí, você gastaria dinheiro com prostitutas?
- Ah...
- Tá vendo? Tá vendo?
- Bom, vocês humanos não podem reclamar muito. Parece tudo tão fácil.
- Tudo bem. Mas e o dinheiro gasto em restaurantes, presentinhos... isso sem falar na dor de cabeça e na conta do telefone.
- É...
- ...
- Foda-se - disse o diabinho, e sumiu.

sexta-feira, outubro 14, 2005

se não bebêssemos, outros revelar-nos-íamos...

Não sei quem inventou esse negócio de 'filme' queimado. Será que isso tem a ver com aquela idéia de 15 minutos de fama? Bom, seja lá o que for, queria saber como está o meu filme.
Naquele tempo remoto em que havia câmeras fotográficas com filme (alguém ainda lembra disso?), a gente não podia abrir a câmera sob a luz, pois perderíamos as fotos; ou seja: o filme queimava. Quando o filme travava ou quando não tínhamos certeza do que acontecia dentro daquela engenhoca, abríamos no escuro, rebobinávamos o filme, etc. Se isso valer para o meu filme, creio que ele está bem. Todas as coisas que me deixaram preocupados com o estado dele foram feitas à noite; nem sempre no escuro, mas à noite (se eu estivesse sóbrio e fosse dia, realmente estaria fudido por causa da quantidade de besteiras que digo, dentre outras coisas, hehehe).
Mas que se foda também, hoje em dia é tudo digital. E, como se não bastasse, ainda há aquela maravilha da Adobe que dá um jeitinho nos detalhes das fotos. Se eu tenho um filme, ele é digital, portanto não queima. E mesmo que fosse aquela coisinha retrógrada, nunca o exponho a luz do dia!

quarta-feira, outubro 12, 2005

quando eu vi cio no meu vício...

Dia desses, na minha 'sorte do dia' no orkut, estava escrito: "o vício de hoje será a virtude de amanhã". Aí fiquei pensando se minha relação com com a cerveja e o whisky são vício. Busquei, lá longe, a imagem platônica de uma figura viciada. Me veio logo aquela cena do cara trancado dentro do quarto, negando a própria vontade. Ou seja: só há vício quando queremos parar. Droga pesada é complicada pq exige grana, daí um bom motivo para parar (além, é lógico, da perseguição da polícia). Al Pacino, interpretando o diabo em "O Advogado do Diabo", se dizia o últimos dos humanistas, pois que deus era aquele que dizia "olhe, mas não toque; toque, mas não prove; prove, mas não engula". Com relação ao vício, alteraria um pouco essa frase: "beba, mas não fume; fume, mas não trague; trague, mas não cheire; cheire, mas não injete... se injetar, não queira parar pq deve ser dífícil!".
Ou seja, só é viciado quem quer parar, e parar exige um motivo muito forte. No meu caso, tem que ser mais forte que whisky sem gelo.

Por favor, matem o cantor e chamem o garçom!

Lepra é uma coisa tão feia... A única lembrança boa que tenho da palavra 'lepra' é do filme "Diários de Motocicleta", lembra? Aquela cena do Che Guevara atravessando o rio a nado...

Já tuberculose é romântico... Quando eu tinha 16 achava o máximo ter 20 e poucos anos, um livro de poemas escrito, e morrer de Tuberulose como morreram Álvares de Azevedo e Castro Alves... Mas com 16 anos eu não bebia nem transava direito. Hoje quero morrer aos 117 anos, bêbado, na cama com uma mulher de 30, com um tiro na cabeça vindo da arma do corno. Aliás, meu plano de vida é esse: trabalhar até os 90 pra juntar bastante dinheiro, e daí até os 117.. 120, curtir a vida! (fui convincente?).

Como título do Blog, sugiro a frase: "Quase sempre bêbados, mas nunca sem razão!".

Vou logo dizendo: não fui eu que criei esse nome pro Blog. Mas sei que o pulso ainda pulsa.
Em boa parte dos casos, sou a favor do contrário das coisas que não foram escritas há pelo menos 20 anos. Portanto, estou à esquerda de tudo que não fui eu que escrevi aqui.

Logo de cara, ressalto que não tenho grandes preconceitos contra as menininhas que gostam de menininhas. Acho que elas têm bom gosto. A questão se põe da seguinte forma: existem as sapatinhas, as sapatas, e as sapatões. Os dois primeiros tipos são sempre comíveis, e dependendo do caso, até a última se não tiver o ombro mais largo que o meu. Mulher é sempre mulher, contanto que preservem minha integridade anal. Como diz o Veríssimo, "homem que é homem não tem preconceito. Mas se está numa sala com todas as cantoras da MPB, não desgruda a bunda da parede".

Quanto à política, não sou grande algoz do Lula. Mas também não estou tão a favor quanto há tempos atrás. Mas falar de política num blog com esse nome... fala sério. Política é como fuder cu de gato, já dizia Bukowski... Mas sou esquerda até a morte...